Um pouco mais de nós*
Vivemos a um ritmo demasiado acelerado que não permite que os nossos filhos possam acompanhar esse andamento. Exigimos deles o que não podemos dar. Queremos que fiquem quietos, quando somos uns adultos irrequietos. Queremos que prestem atenção, quando nem sempre ouvimos o que eles nos contam. Queremos a perfeição, quando nem sempre somos bons exemplos. Ontem, enquanto conversava com uma menina, esta confidenciava-me que a mãe trazia os problemas do trabalho para casa, e que ela não gostava disso, nem achava justo. E ela não podia estar mais certa. Os problemas do trabalho (deveriam) ficam no trabalho. Nem sempre é fácil fazermos este jogo de cintura. Muitas vezes, cansados de oito horas de trabalho, respondemos mal aos nossos filhos, explodimos por coisas sem importância. E quantas vezes, eles não percebem nada do nosso comportamento. Fiquei a pensar no que esta menina me disse e, cada vez mais, tento deixar o que não é de casa, fora dela. Não é fácil. Nada é fácil. Ma...