Mimar*
- "Ai que isso é só mimo!"
- "Esta criança está carregada de mimo!"
Quem nunca ouviu isso. Equase sempre com tom pejorativo associado!
Mas, afinal o que é o mimo?
A palavra mimo reveste-se de muitos significados: condescendência carinhosa com que se trata a outrem {delicadeza, meiguice}; gesto carinhoso, grande qualidade; coisa bonita e harmoniosa.[1]
- "Esta criança está carregada de mimo!"
Quem nunca ouviu isso. E
Mas, afinal o que é o mimo?
A palavra mimo reveste-se de muitos significados: condescendência carinhosa com que se trata a outrem {delicadeza, meiguice}; gesto carinhoso, grande qualidade; coisa bonita e harmoniosa.[1]
Portanto, só significados positivos. Ressalvo a existência de apenas um significado que considero menos simpático, e até mesmo depreciativo, na medida em que a existência da palavra "excesso" dá um destaque contraproducente a um aspeto que considero importante nas nossas vidas, a condescendência.
Ora, considerar que mimo pode sugerir excesso de benevolência ou de condescendência no tratamento de alguém, especialmente de criança [1] - é incoerente. Se mimo é um gesto carinhoso, é delicadeza, é tratar bem alguém, é amar... como é possível "verem" o mimo como algo excessivo.
Sempre foi apologista de que o mimo só faz bem. Porque mimo, para mim, é amar. E se amar é mimo, então o meu menino tem muiiiiito mimo. E adoro dar mimo ao meu mundo. Adoro os nossos abraços demorados. Os nossos segredos ao ouvido em que sussurramos "Gosto de ti!", os nossos olhares cúmplices. O mimo é o nosso ingrediente para sermos felizes.
Infelizmente, nem todos pensam assim. Escrevo infelizmente, porque tenho mesmo pena que as pessoas que {só} veem nessas {nossas} manifestações de amor o mimo, não saibam verdadeiramente o que é amar.
A maternidade ensinou-me imensas coisas, mas ensinou-me sobretudo que nisso do amor é muito para além do que os outros veem. É muito para além do que os outros dizem ou apregoam.
Os olhares metediços dirão que uma birra é nada mais do que excesso de mimo. Haveria muito a dizer. No entanto, acredito que quem trata o mimo de forma tão leviana não pode ter aquela capacidade de amar para além dos defeitos.
O mimo faz bem. O mimo é bom. O mimo não estraga, como aliás o afirma o pediatra Mário Cordeiro. O que estraga é a falta de amor. A falta de atenção. De cuidado. De paciência. De tempo.
É tão mais fácil dizer-se que uma birra, um grito, um choro, o colo são sinais de mimo. Desculpabilizamos a nossa incapacidade de lidar com as imperfeições com a escapatória mais fácil. MIMO. "É tudo mimo!" E devia ser sempre "tudo mimo!", porque o mimo é amor... é amor no seu estado mais puro!!
Mimemos mais ღ
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