Ansiedade
A minha ansiedade tornou-se mais evidente e mais limitadora, após o falecimento do meu marido. Após a sua partida, não conseguia identificar o que estava a sentir… achava tudo isso “normal” depois de tudo o que tinha vivido, e estava a viver… e deixei andar...
Até que, tive o meu primeiro ataque de pânico!
Estava à espera que o meu filho saísse da escola e… do nada… senti uma aflição desmesurada, como se fosse ter um ataque cardíaco. Foi aflitivo.
A partir desse momento, passei a ter medo de voltar a sentir o que tinha sentido e isso transformou-se numa bola de neve.
A ajuda psicológica mais assertiva e eficaz para mim surgiu há cerca de um ano, quando senti que “bati bem lá no fundo”.
Orgulho-me muito do meu percurso, que tem os seus altos e baixos, mas que vai mantendo uma certa consistência. Já tenho outro conhecimento da minha forma de reagir aos acontecimentos e outra capacidade de perceber quando estou mais ansiosa, bem como, o que fazer quando estou assim. Nem sempre é fácil, até porque são muitos anos a viver assim, e não posso querer que tudo se normalize do dia para a noite.
Assim, pediram-me para partilhar algumas dicas de como vou gerindo a minha ansiedade. Cá ficam, o que me tem feito bem, talvez possa ajudar alguém:
- Respiração consciente. Inspiro profundamente até 5 e expiro calmamente até 7. Faço as vezes que acho necessário, até sentir a minha pulsação mais serena.
- Mudar o foco.
E isso consiste em, se possível, mudar de espaço. Caso não seja possível, faço o exercício dos 5 sentidos, em que tenho de identificar:
5 coisas que consigo VER
4 coisas que consigo TOCAR
3 coisas que consigo OUVIR
2 coisas que consigo CHEIRAR
1 coisa que possa SABOREAR
- Meditação. Adoro que esta seja acompanhada com música, ajuda-me a conectar mais rapidamente.
- Exercício físico. Ajuda a relaxar o corpo e a mente. Faz-me um bem tremendo.
- Alimentação. Super importante perceber que o que comemos influencia a nossa saúde mental.
- Música. É terapêutico.
- Muito amor e paciência. Nem sempre vai ser fácil gerir, mas é acreditar que a ansiedade assemelha-se as nuvens no céu... por vezes teimam em ficar, mas nunca permanecem para sempre 🤍
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