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A mostrar mensagens de novembro, 2018

Fé*

Há dias, falava com a minha Su* sobre a fé . Conversávamos sobre a importância da fé na nossa vida e de como está pode ser abalada perante as dificuldades que encontramos. Nem de propósito, neste mesmo dia, descobri um livro " Conversando com Deus " e fui lendo, inicialmente por curiosidade, depois com mais entusiasmo por sentir que, de certa forma, aquele diálogo, embora imaginário, me foi trazendo algum alento. Temos muito o hábito de culpar a vida, o mundo, Deus pelas nossas infelicidades. É um escape que vamos criando para nos ajudar a suportar melhor a nossa dor. Durante uns tempos, foi assim que também me fui protegendo da minha dor. Sentia-me abandonada. Sentia que não merecia. Senti a minha fé abalada. Com o tempo, fui percebendo que, os acontecimentos da vida não podem ser encarados dessa forma. Vai-nos corroendo a cada dia que passa. Vai criando em nós um abismo cada vez maior com a nossa crença, a nossa fé. E, acima de tudo, não responde às nossas aflições e

Educar com amor ♡

A vida é uma aprendizagem diária , já dizia José Saramago. E, de facto, o conhecimento é algo muito importante para que possamos ter uma melhor percepção do mundo que nos rodeia, mas também para que possamos adquirir competências que nos ajudem a conhecermo-nos melhor enquanto ser individual e social.  É importante que possamos ter uma capacidade de autoconhecimento para que seja possível interagirmos com os outros. Acredito que a qualidade da nossa relação com as outras pessoas começa em nós, na forma como nós nos aceitamos.  E no que diz respeito ao universo da maternidade não poderia ser diferente. Os nossos filhos acabam por ser, na maioria dos casos, o reflexo daquilo que transmitimos. Acredito muito nisso, porque passei por um período mais complicado da minha vida, e a minha fragilidade, a minha angústia, o meu stress, a minha tristeza contribuiram para que o meu filho também estivesse agitado. Foram tempos complicados, em que ambos estávamos exaustos, em que ambos n

O dia da Saudade*

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Ontem, o calendário marcava aquele dia em que é suposto rumarmos aos cemitérios para recordarmos os nossos familiares que já partiram. É um dia difícil pela carga emocional que apresenta. É um dia carregado de {ainda mais} saudade.  Nunca foi um dia que gostasse, porque nunca lidei muito bem com a ideia da morte. Sempre evitei lugares que, de alguma forma, estivessem ligados com a perda. Acredito que tivesse sido a forma que encontrei de proteger-me. No entanto, quis a vida que lidasse bem de frente com esse medo. Tive de aprender a aceitar a morte, a perda e tudo o que ela implica. Tive de aprender a lidar com todo este universo de que tanto fugia.  Hoje, com o devido distanciamento, percebo que errei. Que boa parte do meu sofrimento passa por esta fuga em aceitar essa realidade como parte da vida. Continua a ser um assunto com o qual não me sinto confortável, mas deixou de ser aquela nuvem negra a pairar sobre mim.  E acredito que parte desse receio venha da forma como l