Educar com amor ♡

A vida é uma aprendizagem diária, já dizia José Saramago. E, de facto, o conhecimento é algo muito importante para que possamos ter uma melhor percepção do mundo que nos rodeia, mas também para que possamos adquirir competências que nos ajudem a conhecermo-nos melhor enquanto ser individual e social. 

É importante que possamos ter uma capacidade de autoconhecimento para que seja possível interagirmos com os outros. Acredito que a qualidade da nossa relação com as outras pessoas começa em nós, na forma como nós nos aceitamos. 

E no que diz respeito ao universo da maternidade não poderia ser diferente. Os nossos filhos acabam por ser, na maioria dos casos, o reflexo daquilo que transmitimos.

Acredito muito nisso, porque passei por um período mais complicado da minha vida, e a minha fragilidade, a minha angústia, o meu stress, a minha tristeza contribuiram para que o meu filho também estivesse agitado. Foram tempos complicados, em que ambos estávamos exaustos, em que ambos não estamos em conexão um com o outro, e o que levou a muito choro {de ambos}, muitos terrores noturnos, muita impaciência. 

Agora, com o devido distanciamento, percebo que toda essa situação teve origem na forma como nos comunicávamos. Na forma incorreta de nos comunicarmos. Eu estava emocionalmente fragilizada, o Gonçalo chamava à atenção da melhor forma que podia. Fazendo birras, chorando. A forma mais natural que uma criança de dois anos tem para gritar "Ei, estou aqui!!"

A situação melhorou quando aprendi a controlar as minhas emoções, quando aprendi a aceitar a vida tal como ela é. Sem questionar demasiado. Sem cobranças. Aceitar. Comunicar com o coração. Respirar fundo as vezes necessárias. Ser empática. E saber valorizar o que de bom a vida me deu. E assim, a vida foi fluindo. Encarregou-se de ir encaixando tudo no seu devido lugar. E, a comunicação tem sido bem melhor. 

As birras existem, mas muito mais controladas. E, sobretudo, aprendi a não levar demasiado a sério esses momentos. Cada um tem a sua forma de comunicar. Cada um tenta ser a melhor versão de si mesmo. E seria injusto querermos dos outros aquilo que, muitas vezes, não somos. Relativizar. Descomplicar. Sempre. Ou, sempre que possível!

Ontem, assisti a uma ação de sensibilização sobre o tema das birras e da comunicação com os nossos filhos e, saí com a percepção de que, muito da educação de um filho, tem origem na forma como nós, os adultos, nos apresentamos. Muitas vezes, sem darmos conta, somos os impulsionadores de muitas reações negativas {ou positivas} por parte dos nossos filhos. 

Educar um filho não é fácil. E, cada vez mais, torna-se um processo mais exigente. Requer mais de nós. É um desafio diário. No entanto, a forma como encaramos esse desafio faz toda a diferença. E, optar por encará-lo de forma serena e ponderada é uma mais valia para que possamos, todos, crescer saudáveis e felizes. ♡

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