Educar com MindFulneSs ↬

Educar é uma tarefa árdua. As queixas dos pais perante as birras dos filhos é a prova de que educar um filho requer muito de nós. Muita paciência. Tempo. Disposição.  E, num mundo acelerado como o nosso, cuidar de um filho {ou dois, três...} nem sempre é fácil. 

Acredito que, a partir do momento em que aceitamos que as birras fazem parte do desenvolvimento dos nossos filhos, que são uma forma que eles têm de manifestar que algo não está bem, as coisas podem começar a fluir naturalmente. Claro que há dias em que estamos com mais paciência e até corre bem, e temos outros em que nem os podemos ouvir. Claro. Como tudo na vida, nada é linear. Há altos e baixos. E é importante sabermos viver nesta montanha russa que é a vida [muito mais vertiginosa depois de se ser mãe/pai] de forma consciente. 

Tenho lido o livro Educar com mindfulness, e cada vez mais, percebo a importância dos pais estarem bem para poderem transmitir essa tranquilidade aos filhos. Termos consciência de que os nossos filhos são um todo e não representam "a" birra, "o "mau" comportamento. 

Num dos capítulos do livro, a autora coloca a questão, que muitas vezes também nos colocamos:
"Porque se porta mal o meu filho?"

Muitas vezes {demasiadas vezes, até}, colocamos o nosso foco no "como" e esquecemo-nos do "porquê". Há muito a necessidade de encontrar o como resolver a birra, e não procuramos saber o porquê da birra.

O Gonçalo, por norma, faz uma soberba birra, ao final do dia. Fica chato, aborrece-se com tudo. E, claro o primeiro pensamento que surge é "como vou parar isso?". Mas, a verdade é que, nessa altura, essa questão em nada ajuda {muito pelo contrário}, porque o foco deveria estar direcionado para o "porquê" daquela birra. E, aí é muito simples. Ele está cansado, já não faz a sesta de tarde, por isso, tem sono e só quer é regressar a casa. Geralmente, até adormece no carro. Lá está a razão da "birra". Sono. 

Muitas outras situações acontecem em que já vou percebendo as razões por detrás daquelas manifestações, e já nem me chateio muito. Porque, efetivamente, há sempre uma razão. Eles não berram porque sim.

E aqui é que o nosso papel é fundamental. Aprender a adotar uma parentalidade consciente em relação às necessidades dos nossos filhos é uma ferramenta importante para que o comportamento deles também mude. 

O Mindfulness é uma arma poderosa em vários domínios da nossa vida. E na educação ajuda a tornar o processo {muitas vezes} difícil de educar um filho num momento mais sereno, em que descomplicar é a palavra-chave... aliás, como tudo na vida ღ



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