Natural[mente]

As conversas são como as cerejas, já diz o ditado... e de muitas conversas [as melhores] surgem reflexões interessantes.

Numa conversa matinal com uma grande amiga, que ganhei através do meu [nosso] Jorge, a querida A., que surgiu a propósito deste post, e da importância de sermos mais fiéis ao nosso eu, à nossa natureza, aos nossos [reais] desejos... e de não darmos tanta importância aos outros... fiquei a pensar nisso....

Somos um ser social e, como tal, crescemos com o pressuposto de que temos de nos enquadrar na sociedade, sob pena de não sermos vistos como "normais". Aconchegamo-nos tranquilamente ao rebanho e por lá ficamos para não arranjarmos "chatices". E assim vai a vida.

Mas depois, há aqueles que se atrevem a pular fora do rebanho e seguir a sua própria natureza. Os atrevidos que ousam ser eles próprios. Sem medo. Sem vergonha. Abençoados sejam.

Habituei-me a andar no meio do rebanho. Sossegadinha, sem que ninguém desse por mim. E por lá fiquei.

As adversidades da vida obrigaram-me a sair do meio do [confortável] rebanho para passar para a frente. Tomar posição. Assumir o que vai bem e o que vai mal. Decidir. Escolher.

Sendo balança de signo, não ajuda nessa multiplicação da vida. Mas, fui. Aliás, vou. Uns dias, mais destemida, outros mais comedida. Mas, vou.

No mundo dos adultos tudo torna-se mais complexo. A consciência de que os outros vão pensar, vão dizer, vão comentar, retrai os nossos passos. A ideia de normalidade é mais ponderada [infelizmente]. É preciso ter-se [ou desenvolver] uma personalidade bem vincada para bater o pé. Quebrar regras ancestrais. Saber dizer "não quero!". Saber ser-se fiel ao que somos, porque "o problema nunca é quem somos - é quem tentamos ser."

No mundo das crianças é tão mais fácil. Tão mais genuíno. É espontâneo. E tão mais feliz.

É importante repescarmos a nossa verdadeira essência. A criança que há em nós. Deixar de lado essa ideia de normalidade. Sair do rebanho. Aceitar as anormalidades da vida e, sobretudo, aprender com elas.

Tenho aprendido muito, ao longo desses anos, devagarinho é certo... ao meu ritmo, no meu passo... mas, tenho aprendido que não somos todos iguais, que cada um caminha na sua velocidade, que cada um faz as suas escolhas, e que na nossa vida, na nossa caminhada, só entra quem queremos e quem nos ilumina a estrada.


Bom domingo ♡♡♡


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