A maternidade

 Após ter lido o post da Lisa Joanes sobre a maternidade e, de ter sentido cada palavra que ela escreveu, percebi que, muitas vezes (diria até demasiadas vezes) escondemo-nos atrás do comportamento dos nossos filhos para adiar o que gostaríamos de fazer. É tal o cansaço físico e psicológico que tudo se resume aos miúdos.


Não sei o que é ter mais do que um filho, e talvez nunca o venha a saber, mas sei o que é educar um filho sozinha. E, claramente, não é fácil.

Quando fiquei sozinha com o Gonçalo, ele tinha pouco mais do que dois anos. Foram meses muito difíceis porque eu não estava bem emocionalmente e isso, inevitavelmente, era transmitido para o menino. Tivemos noites horríveis e dias difíceis de gerir. Cada um com a sua dor, e eu tinha dias que sentia que não seria capaz de dar conta do recado.

Hoje, e apesar de todos os desafios que ainda temos (e acreditem que continuam a ser alguns), tenho outra capacidade de lidar com a maternidade a solo. Há mais companheirismo, mais paciência e mais compreensão.

Claro que com 8 anos é mais fácil essa gestão, mas como em todas as idades, haverá sempre desafios pela frente.

Com isso, quero dizer que tudo o que faço (ou quase tudo, porque também aprendi a ter os meus momentos a solo, que são muito necessários) o Gonçalo acompanha-me. Ele não é um impedimento (nem nunca foi) para eu sair, ir à praia, ir a uma festa, ir caminhar…

Há dias mais desafiantes do que outros? Claro que sim! Há dias, tive de regressar da praia mais cedo do que os meus amigos, porque ele estava a fazer alta birra. E está tudo bem. Regressamos, ele fartou-se de reclamar, chorou a viagem praticamente toda, e eu tive de saber gerir aquilo tudo enquanto conduzia.

Procurei entender o que estava a acontecer, e coloquei-me no lugar dele, percebendo que ele estava cansado e que aquela era a forma que ele arranjou de expressar isso.

Acima de tudo, temos de ter a capacidade de nos adaptarmos às circunstâncias, saber gerir as frustrações. As nossas e as deles. E ter a clareza para entender que com calma e paciência, tudo se faz.

Percebendo também que os filhos são ótimos impulsionadores para a nossa mudança ❤️



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